Desafios e sucessos como distribuidor Thomas no Brasil | Thomas.co
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Marcelo Souza - Country Manager Thomas International Brasil

Conheça a história de Marcelo Souza, distribuidor da Thomas no Brasil, que começou como cliente e, em 2016, recebeu o convite para se tornar distribuidor oficial da empresa. Saiba quais foram os maiores desafios enfrentados e o segredo para o sucesso da empresa no país.

Conte um pouco da sua história com a Thomas.

Minha história com a Thomas começou quando entrei no grupo Soulan em 2008.

A empresa já era um dos clientes da Thomas aqui no Brasil e utilizava o PPA para processos de seleção de liderança e confesso que fiquei impressionado da primeira vez que vi meu relatório.

Apesar de sermos clientes da Thomas, eu tinha pouco contato com a empresa, já que era uma ferramenta da equipe de seleção e eu atuava na área Administrativa/Financeira e depois Comercial, então não tinha muito contato com os consultores ou entendia das soluções.

Foi só em 2016 que isso mudou. No meio daquele ano recebemos uma mensagem do Departamento de Comércio do Consulado Britânico em São Paulo para participar de uma reunião com os Diretores da Thomas.

Segundo esse comunicado eles estavam procurando um novo distribuidor no Brasil e nós havíamos sido uma das empresas selecionadas pelo Consulado para esse processo.

Fiz a entrevista e fomos passando de fase até que no dia 09 de dezembro de 2016 recebi o convite para uma reunião presencial no HQ da Thomas, em Marlow na Inglaterra – ao lado de Londres – para a etapa final do processo de seleção.

Essa reunião iria acontecer no dia 12 de dezembro de 2016, ou seja, tínhamos apenas 3 dias para prepararmos o material e estarmos na Inglaterra, em pleno inverno, mas não tivemos dúvida: montamos tudo e fomos para lá!

Tive a sorte de fazer a reunião com o pessoal da Thomas justamente em um dia que eles estavam inaugurando o novo escritório, e acho que isso contou favoravelmente na avaliação deles, pois participei do evento de inauguração e da festa com os demais colaboradores e já retornei para o Brasil com o contrato de distribuição assinado.

A partir daí, começou efetivamente a minha história com a Thomas: fui treinado e capacitado nas ferramentas pela equipe do HQ em Marlow e Londres, na Inglaterra, e também em Varsóvia, na Polônia.

Participei de mais de 6 eventos globais com toda a equipe da Thomas no mundo todo e desde que assumi essa posição já foram mais de 100 treinamentos, workshops e capacitações conduzidas com mais de alguns milhares de profissionais atendidos.

Qual você acredita que seja o segredo para que várias pessoas permaneçam tanto tempo na Thomas?

Acho que o principal motivo do sucesso da Thomas aqui no Brasil é a sua equipe.

A maneira como conduzimos os negócios, a forma de atender o cliente é a grande razão do sucesso.

Toda a equipe tem um foco principal em antes de mais nada, resolver qualquer que seja o problema e não em emitir uma nota fiscal. Isso faz muita diferença nas nossas relações e como também todos são treinados nas ferramentas, acabamos aplicando na prática um pouco de nosso conhecimento, o que ajuda na gestão dos relacionamentos.

Tudo isso que aplicamos para os clientes não fazemos por fazer, é parte do nosso jeito de ser!

E dessa forma, isso se repete no nosso relacionamento com nossos colegas aqui na equipe.

Dessa forma, criamos um ambiente de cooperação mútua e de crescimento conjunto que é muito diferente do que se vê no mercado e isso acaba engajando nossos colaboradores.

Além do mais, quando se tem o propósito de apoiar os profissionais em suas carreiras, acredito que não tem nada melhor do que poder fazer isso utilizando umas das mais importantes e confiáveis ferramentas do mercado! 

Como distribuidor Thomas, quais foram seus maiores desafios?

O primeiro grande desafio foi reverter um cliente que iria nos deixar por uma questão técnica.

Tínhamos uma deficiência na parte de integrações com outras plataformas e assim que assumi um de nossos maiores clientes disse que iria romper o contrato por conta disso.

Depois de inúmeras reuniões tanto com o cliente como com a equipe técnica de UK conseguimos desenvolver uma solução que não só atendeu o cliente como o manteve engajado conosco até hoje!

Tivemos também desafios com relação ao modo de utilizar a ferramenta. Na Inglaterra o mercado é principalmente de pequenas e médias empresas com poucos candidatos por processo seletivo, enquanto aqui, mesmo micro empresas recebem uma centena de candidaturas para cada vaga que abrem.

Sendo assim, tivemos que criar soluções que permitissem a melhor utilização da solução por nossos clientes, mantendo todos os critérios desejados pela matriz, uma quebra de paradigma, mas que resultou em ótimos resultados para todos!

Outro desafio que topamos foi criar a equipe de Vendas Internas. Até então só fazíamos venda “olho no olho” pois “é isso que o mercado pede”, era esse o senso comum.

Criamos então uma estrutura que permite fazer a venda por telefone e por vídeo, mesmo antes da pandemia, e hoje essa é a equipe que quebra recordes de venda todos os meses!

Quais foram os destaques em sua carreira com a Thomas?

Tivemos alguns destaques nesses últimos 6 anos junto com a Thomas, dos quais entendo que foram impactantes:

  • Mudar a forma de oferecer nossas soluções, criando diversas opções para o cliente, mudando assim o paradigma que a empresa sempre teve de “vender unidades de processamento”;
  • Criar a área de Vendas Internas;
  • Apoiar o surgimento da equipe de marketing que hoje é referência para a Thomas em todo o mundo;
  • Nossa participação no 1º DisruptHR no Brasil em 2018;
  • Participar de treinamentos e desenvolvimento de profissionais em mais de 100 clientes diferentes, de todos os tipos, tamanhos e segmentos.

Quais foram, na sua opinião, os maiores desafios na área de RH durante sua carreira?

A área de RH tem sofrido enormes transformações durante os últimos 15 anos, assim como todas as outras, impactada diretamente pelas mudanças que estamos vendo no mundo.

Se pudesse listar, as principais mudanças e que são uma constante nos últimos 10 ano são:

  • Revolução Tecnológica: o avanço da tecnologia provocou, e vem provocando, inúmeras mudanças e desafios para a Área de RH. Inicialmente focado nas atividades mais processuais como Folha de Pagamentos, a digitalização atingiu drasticamente as áreas de Recrutamento e Seleção e Gestão de Pessoas nos últimos anos, promovendo inúmeras mudanças nessas áreas;
  • Encontrar novos líderes: as mudanças que as novas gerações têm trazido para as organizações têm feito com que as empresas tenham que se adequar a um cenário que até então não existia: muitos profissionais simplesmente não querem ser líderes. Aliado à uma exigência cada vez maior das competências necessárias para ocupar esses cargos, torna a tarefa de encontrar novos líderes para as organizações uma tarefa exaustiva e complexa, que tem passado cada vez mais pela capacitação e desenvolvimento interno destes profissionais.
  • Novas exigências: em um cenário de mudanças constantes e cada vez mais velozes as competências necessárias para ocupar qualquer cargo no mercado de trabalho estão cada vez mais distantes daquelas que são ensinadas nas instituições de ensino ou mesmo no próprio mercado. Novas linguagens de computação aparecem a cada dia e novas competências pessoais são demandadas para diferentes posições que passam a ter diferentes necessidades com as mudanças impostas pelos cada vez mais exigentes clientes. Isso faz com que a área de RH tenha cada vez mais dificuldade de encontrar profissionais seja por falta de mão-de-obra qualificada, seja até pela demora no entendimento dessas mudanças, o que faz com que tenhamos uma dificuldade cada vez maior de encontrar profissionais que possam fazer parte das organizações e o processo de retenção tenha ganho cada vez mais importância nas empresas.

Quais desafios você acredita que os profissionais de RH terão no futuro?

Entendo que os desafios descritos anteriormente só irão se intensificar, principalmente os provocados pelo avanço da tecnologia.

As discussões sobre Inteligência Artificial, bem como a aplicação prática mais famosa desta, o Chat GPT, mostra como progressivamente a tecnologia irá ditar os rumos dos negócios e, ter profissionais que consigam se desenvolver e desenvolver suas habilidades e competências mesmo com todas as facilidades que a tecnologia irá proporcionar, será extremamente difícil.

Ou seja, o processo de recrutamento e seleção não será mais fácil no futuro próximo, o que faz com que os processos de retenção e de desenvolvimento ganhem mais importância nas organizações que pretendem se manter vivas nos próximos anos.